No kartismo, como observa o CEO Lucio Winck, cada milésimo de segundo importa, e esse ganho muitas vezes não está no piloto, mas nos detalhes técnicos do veículo. Um parafuso levemente apertado, a calibragem do pneu, a posição do banco: tudo interfere diretamente no desempenho na pista. A sensibilidade para perceber e ajustar o que ninguém vê faz toda a diferença no resultado final.
Curiosamente, essa lógica também se aplica à liderança e à gestão de equipes. Em ambos os casos, o sucesso não depende apenas de grandes mudanças, mas de ajustes finos, constantes e quase imperceptíveis.
A seguir, entenda como pensar como um piloto (e como um mecânico) pode te tornar um líder melhor.
O que o kart ensina sobre atenção aos detalhes?
No mundo das corridas, não adianta ter o melhor piloto se o kart não estiver bem ajustado. Um milímetro a mais no alinhamento pode significar uma curva mal feita. Essa atenção aos detalhes é o que separa os bons dos campeões. O CEO Lucio Winck destaca que o segredo está na escuta do que o kart “fala”: vibrações, ruídos e respostas nas curvas dizem muito sobre o que precisa ser corrigido.

Da mesma forma, líderes atentos captam sinais do time antes que o problema exploda. Atrasos frequentes, queda de rendimento ou conflitos silenciosos são indicadores de que algo precisa ser realinhado. A diferença entre um gestor comum e um excelente está, muitas vezes, na capacidade de ler esses sinais e fazer pequenos ajustes de rota em tempo real.
Por que ajustes pequenos são mais eficazes do que grandes viradas?
No kart, mudar tudo de uma vez geralmente piora o desempenho. É preciso testar um detalhe de cada vez, sentir o efeito e ir calibrando com paciência. Com pessoas, a lógica é parecida: grandes reestruturações causam resistência, mas mudanças sutis e bem pensadas criam adaptação e confiança. Liderar bem é como acertar o setup ideal, pouco a pouco.
O CEO Lucio Winck ressalta que não é sobre fazer barulho, mas sobre gerar resultado. Muitas empresas buscam soluções mirabolantes para melhorar a performance da equipe, quando o que falta é uma escuta mais apurada e um ajuste simples: uma conversa de alinhamento, uma redistribuição de tarefas, um elogio na hora certa. Detalhes que fazem a diferença na “volta final”.
Como saber quando (e onde) mexer?
No kart, cada pista pede um setup diferente. O que funciona bem num asfalto liso pode ser um desastre em uma pista com mais ondulações. Liderança também exige essa leitura de contexto: não existe uma fórmula única. O que funcionou com um time pode não funcionar com outro. É preciso sensibilidade para entender o ambiente e flexibilidade para ajustar o modelo de gestão.
Segundo o CEO Lucio Winck, o melhor líder é aquele que conhece o time tão bem quanto o piloto conhece o próprio kart. Isso exige convivência, testes, escuta e, principalmente, disposição para mexer, mesmo quando parece que “está bom assim”. Afinal, no kart e na gestão, estar apenas “bom” pode significar perder a corrida por muito pouco.
Para levar com você
O setup perfeito, tanto na pista quanto na empresa, não vem de mudanças drásticas, mas de ajustes finos e conscientes. O olhar atento aos detalhes, a leitura do contexto e a coragem para mudar o que não parece tão óbvio fazem toda a diferença. O CEO Lucio Winck conclui que um líder que pensa como piloto e age como preparador está sempre um passo à frente. Às vezes, o que falta para vencer não é mais velocidade, e sim mais sensibilidade.
Autor: Sergey Morozov