A educação financeira é uma competência indispensável para a vida adulta, mas que durante muito tempo ficou ausente do currículo escolar brasileiro, como informa Sergio Bento de Araujo, empresário especialista em educação. Com o aumento do consumo, a popularização do crédito e os desafios econômicos, tornou-se urgente preparar as novas gerações para lidar de forma consciente com o dinheiro, ensinar finanças nas escolas não é apenas sobre números: é sobre formar cidadãos mais responsáveis, autônomos e preparados para os desafios da vida.
Neste artigo traremos a importância e o destaque que está matéria tem dentro da vida de um aluno.
Por que a educação financeira é necessária nas escolas?
O Brasil tem altos índices de endividamento e falta de planejamento financeiro entre as famílias. Essa realidade mostra que muitas pessoas chegam à vida adulta sem conhecimentos básicos sobre orçamento, poupança e investimentos. Como explica Sergio Bento de Araujo, a escola é o espaço ideal para iniciar essa aprendizagem, pois pode formar hábitos saudáveis desde cedo e preparar os alunos para uma vida adulta compreendendo como funciona um planejamento e os bancos antes de já se ater-se a um.
Ensinar educação financeira nas escolas ajuda os estudantes a compreender a importância de organizar gastos, planejar metas e tomar decisões conscientes em relação ao consumo.
Competências que a educação financeira desenvolve
A prática da educação financeira escolar vai além do ensino de matemática aplicada. Conforme Sergio Bento de Araujo, ela desenvolve competências socioemocionais e cognitivas, como:
- Responsabilidade: aprender a lidar com escolhas financeiras.
- Autonomia: tomar decisões informadas sobre o próprio futuro.
- Planejamento: estabelecer metas e estratégias para alcançá-las.
- Pensamento crítico: analisar o consumo de forma consciente e evitar armadilhas do crédito.
Essas competências se refletem também em outras áreas da vida, tornando o estudante mais preparado para enfrentar desafios pessoais e profissionais e compreender como funciona as disposições de investimentos, créditos, juros e etc.
Estratégias para ensinar educação financeira
A educação financeira pode ser trabalhada de forma prática e criativa dentro das escolas. Jogos educativos, simulações de orçamento, projetos de empreendedorismo e atividades interdisciplinares são algumas das estratégias eficazes. Aproximar os conceitos da realidade do aluno é essencial: falar sobre mesada, consumo consciente, economia doméstica, jogos de vídeo game, vídeos e redes sociais e até investimentos básicos torna o aprendizado mais concreto, como destaca Sergio Bento de Araujo.

Outro recurso é integrar a educação financeira com disciplinas como matemática, geografia e sociologia, mostrando aos estudantes como as finanças estão presentes em diferentes dimensões da sociedade, mostrando como funciona as taxas, o parcelamento e até o câmbio.
Os desafios da implementação no Brasil
Apesar dos avanços recentes, a implementação da educação financeira no Brasil ainda enfrenta obstáculos. Nem todas as escolas têm recursos didáticos adequados, e muitos professores não receberam formação específica para abordar o tema. Como elucida o empresário especialista em educação Sergio Bento de Araujo, superar essas dificuldades exige programas de capacitação docente e a criação de materiais pedagógicos acessíveis.
Outro desafio é o risco de tratar a educação financeira de forma superficial, sem aprofundar aspectos relacionados à ética, à cidadania e à responsabilidade social.
Caminhos para o futuro da educação financeira
A inclusão da educação financeira como parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já foi um passo importante, mas ainda há muito a avançar. É preciso investir em metodologias inovadoras, ampliar parcerias com instituições especializadas e garantir que todos os estudantes, independentemente da rede em que estudam, tenham acesso a esse conhecimento.
Segundo o empresário Sergio Bento de Araujo, preparar jovens para lidar com finanças é também preparar cidadãos para tomar decisões conscientes em sociedade. A educação financeira fortalece a autonomia, reduz desigualdades e contribui para a construção de um futuro mais equilibrado e sustentável.
Autor: Sergey Morozov