Contexto Internacional
O governo brasileiro está desenvolvendo uma proposta para tributar as gigantes da tecnologia, conhecidas como big techs, como parte de um esforço internacional para regular o setor. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que os Estados Unidos são o único país que ainda não assinou o acordo global.
Acordo Internacional
Fernando Haddad afirmou que o Brasil já firmou o acordo internacional, que visa a taxação das big techs. “Apenas os Estados Unidos ainda não assinaram. Países como Itália e Espanha já implementaram medidas, e o Brasil precisa agir para não ser prejudicado pela falta de regulamentação”, explicou o ministro.
Proposta Legislativa
Apesar da ausência dos EUA, o governo brasileiro planeja enviar uma proposta ao Legislativo ainda este ano. O Ministério da Fazenda anunciou essa intenção no final de agosto, reforçando a importância de avançar com a regulamentação.
Papel da OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem sido um dos principais defensores da taxação mínima de 15% sobre multinacionais nos países onde operam. Essa medida tem o potencial de gerar uma arrecadação global de US$ 200 bilhões anuais. Países como Japão e Coreia do Sul já começaram a adotar essa tributação.
Adaptação às Melhores Práticas
Haddad enfatizou a necessidade de o Brasil seguir as melhores práticas internacionais na regulamentação das big techs. “Precisamos regular esses setores desregulamentados com base nos melhores padrões internacionais”, afirmou.
Debate no Senado
Recentemente, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um pedido de informações ao ministro da Fazenda sobre a taxação das gigantes da tecnologia. O senador Flávio Azevedo, autor do requerimento, criticou a medida, classificando-a como “injusta”.
O Poder das Big Techs
No início do século 20, as empresas de petróleo dominavam o mercado. Hoje, as empresas de tecnologia da informação, como Microsoft, Apple, Nvidia, Alphabet/Google, Amazon e Meta/Facebook, lideram o ranking das mais valiosas do mundo, todas sediadas nos Estados Unidos.
Conclusão
O Brasil está se movendo para implementar a taxação das big techs, alinhando-se com as diretrizes da OCDE e observando as práticas internacionais. A proposta visa garantir que o país não fique para trás em um cenário global cada vez mais regulado.