“O Comitê relembra que não há relação mecânica entre a condução da política monetária norte-americana e a determinação da taxa básica de juros doméstica e que, como usual, o Comitê focará nos mecanismos de transmissão da conjuntura externa sobre a dinâmica inflacionária interna”, enfatizou.
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Ainda sobre o ambiente global, o comitê salientou que, após reconhecer uma melhora no quadro inflacionário corrente, se deteve sobre as fontes, desafios e incertezas para o processo desinflacionário futuro. “A reversão de choques de oferta, a inflação ao produtor bem-comportada na China e nos Estados Unidos e a dinâmica recente de preços de commodities permitem extrapolar um cenário benigno para a inflação de bens”, citam os membros do colegiado.
A ata ressaltou, porém, que permanece grande incerteza sobre a demanda global futura e qual a extensão do movimento residual de preços relativos entre bens e serviços que ainda poderia ocorrer. Mais recentemente, as tensões geopolíticas e a consequente elevação dos preços de fretes adicionaram incerteza ao cenário prospectivo, de acordo com o grupo. “Além disso, a própria dinâmica de crescimento econômico e do mercado de trabalho serão importantes para determinar a velocidade da desinflação de serviços.”
Esses elementos, de acordo com a ata, alimentam o debate sobre a natureza das pressões inflacionarias e potencialmente sobre o ritmo de distensão monetária a ser adotado pelas economias avançadas. “Nesse contexto, e diante da volatilidade recente e da incerteza à frente no cenário internacional, o Comitê manteve a avaliação de que é apropriado adotar uma postura de cautela, principalmente em países emergentes”, repete o documento.
Além disso, o Comitê disse que continuará acompanhando os diversos dados da economia global e seus respectivos canais de transmissão para a economia doméstica.