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Custo de vida obriga refugiados a buscar alternativas fora de São Paulo

O custo de vida de São Paulo está obrigando refugiados a buscarem outras cidades para morar. Levantamento da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), reforça ainda a concentração desta população na capital, mas nos últimos anos houve a descentralização da concentração das pessoas que buscam uma nova vida no Estado. Em 2018, 78% dos refugiados residiam na capital. Em 2020, esse registro baixou para 67%.

O geógrafo e agente do serviço de acolhida e orientação para refugiados da Caritas, Victor Ayres, analisou o movimento em entrevista à Jovem Pan News: “Qual é o custo de vida em São Paulo? Além de uma superpopulação, muitos tem o perfil de chegar e procurar ir para cidades médias ou pequenas para encontrar um ambiente mais tranquilo e mais barato também”. O especialista ressaltou a mudança no perfil dos refugiados atendidos pela entidade.

“Ela [Caritas] sempre atendeu nacionais de países que estiveram em alguma guerra civil e puderam ter a oportunidade de viajar. Geralmente, estes eram nacionais de países da África, mas nestes últimos anos mudou bastante por conta da crise na Venezuela. Desde 2017, a maioria dos nossos atendimentos têm sido de venezuelanos. Sírios aparecem bastante e de outros países como Nigéria, Congo e Cuba também tem aparecido bastante nos últimos tempos”, detalhou.

O registro da população atendida em 2020 chegou a 66 municípios em diversas regiões do Estado de São Paulo. Na capital paulista, há uma ocupação quase completa do território, com maior incidência do Centro à Zona Leste, Zona Sul e seus extremos. De acordo com o último dado levantado em 2020, a Caritas recebeu mais de 6,6 mil refugiados.

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